Democrata Jacaré disputa duas partidas oficiais no mesmo dia

Somente no sórdido calendário do futebol brasileiro, com excesso de jogos para poucas datas apresenta fatos como o que ocorrerá na tarde deste domingo. O Democrata de Sete Lagoas disputará duas partidas oficiais na mesma data, com intervalo de somente uma hora e meia entre os dois compromissos. 

Às 16h, o Jacaré entra em campo pelo Campeonato Mineiro do Módulo II para enfrentar o Nacional de Muriaé, pela oitava rodada da competição. Às 19h30, também neste domingo, o Democrata terá o Itabuna pela frente, valendo pela Série D do Campeonato Brasileiro. 

A diretoria do time alvirrubro venderá ingresso único para a jornada dupla no Estádio Joaquim Henrique Nogueira, a Arena do Jacaré. 

A partida contra o Nacional seria no sábado, mas o próprio clube de Sete Lagoas resolveu remarcá-lo para domingo, pelo compromisso que teria que cumprir na última quinta-feira, mas não conseguiu adiar o jogo da Série D.

Segundo a Federação Mineira de Futebol, os conflitos de datas são de conhecimento do seu filiado, que sabe que terá que enviar formações distintas para os compromissos domingueiros. 

É mais um capítulo insólito provocado pelo caótico calendário do futebol brasileiro. Dá para entender?

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Ígor Guerra é o novo treinador do sub-17 do Galo


Ígor Guerra acertou com o Atlético para comandar o sub-17 da equipe da capital. O treinador encerrou sua participação na URT no último dia 12, no Campeonato Mineiro do módulo II, ficando na quarta posição.

No Galo, Ígor Guerra substituirá o ex-zagueiro Lima, que estava como interino no comando da equipe e que, a partir de agora, deixará o cargo de auxiliar técnico do sub-17 para ser Coordenador da Iniciação, responsável por todas as categorias abaixo de 13 anos. 

Antes de chegar na URT, Ígor Henriques Guerra (36 anos) comandou o sub-17 do Desportivo Brasil, além das equipes sub-17 e sub-20 do Vasco da Gama. Tem passagens pelas bases de Fluminense e Coritiba e, como auxiliar, no Confiança do Sergipe.

Na URT, Ígor foi anunciado no dia 17 de fevereiro e se apresentou a 13 de março para iniciar a pré-temporada para a disputa do Campeonato Mineiro do Módulo II.

Sob o seu comando, o Trovão Azul terminou em primeiro lugar na primeira fase, com a participação de doze clubes, sendo que os seis primeiros disputaram o hexagonal. A Celeste terminou em quarto lugar, não conseguindo o acesso ao Módulo I do próximo ano. 

Por: Adamar Gomes

CAP elimina Brasil de Pelotas e avança para as oitavas de final da Série D do Brasileiro


O Clube Atlético Patrocinense avançou para as oitavas de final da Série D do Campeonato Brasileiro. A galera compareceu em massa ao Estádio Pedro Alves do Nascimento e vibrou com os 2×1 aplicados em cima do Brasil de Pelotas, após o empate no jogo de ida em 0x0, no Estádio Bento Freitas, no Rio Grande do Sul.

Os gols aconteceram no segundo tempo. Gleicinho abriu o marcador para o CAP. César Henrique empatou para o time gaúcho. Maicon Félix, aos 37 minutos, mandou prá rede e deu a classificação à equipe do Alto-Paranaíba

A estreia do CAP na competição foi no dia 6 de maio, com um empate (1×1), em seus domínios, diante da Inter de Limeira. Daí até a 14ª rodada, a última do grupo 7, fase classificatória, a Águia conquistou 6 vitórias, 6 empates e apenas 2 derrotas, marcando 16 gols, sofrendo 8, saldo 8 e 57% de aproveitamento.

Seus adversários no grupo foram Maringá, Inter de Limeira, Ferroviária de Araraquara, CRAC de Catalão, XV de Piracicaba e Cascavel.

Na segunda fase, a equipe mineira eliminou o Brasil de Pelotas e agora enfrentará a Portuguesa Carioca nas oitavas. A primeira partida será no Estádio Pedro Alves do Nascimento no próximo domingo (13), às 11 horas. Jogo de volta no Rio de janeiro. O Patrocinense receberá mais uma cota de R$ 100 mil reais, destinada pela CBF, organizadora do campeonato.

A outra equipe mineira classificada foi o Athletic de São João Del Rei, que enfrentará o Camboriu, com primeiro confronto em Santa Catarina. O Democrata de Governador Valadares foi eliminado pelo Anápolis.

As outras partidas das oitavas: Bahia de Feira x Nacional de Manaus, Atlético do Ceará x Souza da Paraíba, Nacional de Patos (Paraíba) x Ferroviário do Ceará, Maranhão x Retrô, Caxias x Ceilândia, Ferroviária de Araraquara x Anápolis.

É o CAP fazendo história na Série D.

Por: Adamar Gomes

O patense Diniz assume interinamente a Seleção Brasileira

FERNANDO DINIZ é o novo treinador interino da Seleção Brasileira. O anúncio foi feito por Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF. O dirigente afirmou ainda, que o italiano Carlo Ancelotti, do Real Madrid, assumirá a seleção para a Copa América e a caminhada até a Copa do Mundo de 2026.

Fernando Diniz Silva nasceu em Patos de Minas no dia 27 de março de 1974. Os seus pais: Antonio da Silva Dias e Maria Diniz Silva, ambos falecidos em 1982 e 2017, respectivamente. Mudou-se para São Paulo, iniciando sua carreira no futebol no sub-20 do Juventus, do bairro da Mooca. Em 1995 jogou, por empréstimo, no Guarani de Campinas.

Chegou ao Palmeiras em 1996, atuando também no Corínthians (97/98). Atuou pelo Paraná, Fluminense, de 2000 a 2003, quando transferiu-se para o Flamengo. Jogou ainda no Juventude, Cruzeiro, All Ahli, Paulista, Santo André, Juventus e Gama em 2008.

Como treinador, começou no Votoraty em 2009. Dirigiu ainda Paulista, Atlético de Sorocaba, Botafogo de Ribeirão Preto, Audax de Osasco, Guaratinguetá, Paraná, Oeste, Athletico Paranaense em 2018. 

Chegou ao Rio de Janeiro para dirigir o Fluminense em 2019. Teve passagem pelo São Paulo, Santos, Vasco e novamente Fluminense desde 2022.

As equipes dirigidas por Fernando Diniz prezam pela movimentação constante dos jogadores. A ideia é que os jogadores tenham liberdade total para aproximar da bola e trocar passes curtos, deslocando de um lado para o outro do campo, em bloco. Esse conceito de futebol levou o nome de “Dinizismo”, muito evidente no Fluminense, na conquista recente do Campeonato Carioca.

Por: Adamar Gomes 

Zagueiro Patense conta o presente que recebeu do Rei Pelé

Repercutiu não só no  país, mas no mundo inteiro, a morte de Edson Arantes do Nascimento, o eterno Rei Pelé. Uma carreira de sucesso no Santos e na Seleção Brasileira, onde participou da campanha do tricampeonato, 1958, 1962 e 1970, com equipes que deixaram suas marcas da história. O corpo de Pelé será velado na segunda-feira (2) e o sepultamento no dia seguinte, em Santos (SP).

Em Patos de Minas, o ex-zagueiro Zé Borges conta a sua história com Pelé e exibe um presente que ganhou do famoso camisa 10. José Borges de Sousa fez parte da seleção mineira, que enfrentava o Santos, quando esse caso aconteceu.

Foi no ano de 1965, na inauguração do sistema de iluminação do Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão. Zé Borges pela seleção mineira teria a missão de marcar o grande craque Pelé, do poderoso Santos, que possuia um esquadrão praticamente imbatível naquela época. 

No duelo, dois detalhes: o zagueiro patense exerceu uma marcação cerrada sobre o Rei; e além disso, jogou na bola, sem cometer falta. Era uma das características do Zé Borges, zagueiro leal, clássico, sem apelar para “botinadas”.

“Quando terminou o jogo, o Pelé dominou a bola no peito e eu cheguei um pouco atrasado, né. Mas o juiz terminou o jogo e ele pegou a bola e me deu de presente. Lembro direitinho. Ele falou assim: garoto, você jogou muito bem, me marcou bem, mão me deu botinada nem nada, então leva essa bola de presente”, contou Zé Borges.

Conheça um pouco sobre o Zé Borges

O zagueiro apareceu para o futebol na URT, na década de 60, depois de uma passagem pelo infantil do saudoso Pepedro no extinto Tupi Esporte Clube. Da equipe celeste foi negociado com o Renascença em 1963, clube que disputou o Campeonato Mineiro entre 1959 a 1966. Jogava no Estádio dos Eucaliptos da Fábrica de Tecidos do Renascença. Lá teve a oportunidade de atuar no mesmo time que tinha outro que se tornaria um astro do futebol, Wilson Piazza.

De Belo-Horizonte, o habilidoso zagueiro foi negociado com o Valeriodoce de Itabira, sagrando-se campeão mineiro da segunda divisão. Deixou seu nome gravado na terra do poeta Drummond. O seu próximo destino foi o Uberlândia em 1971 e, pela mesma forma, mostrou toda a sua ciência futebolística.

José Borges de Souza mais conhecido na família como “Cascudinho”, vestiu a camisa do Villa Nova por um curto espaço de tempo, sagrou-se campeão brasileiro da segunda divisão e entrou para a galeria dos destaques do Leão do Bonfim, sendo incluído na enciclopédia do jornalista Wagner Augusto Álvares de Freitas. Depois disso, ele retornou ao Uberlândia, pendurando as chuteiras na União Recreativa dos Trabalhadores, a URT.

Zé Borges continuou no mundo da bola, como supervisor, no Uberlândia, Valeriodoce, Ipiranga de Manhuaçu e América Mineiro. Aposentou-se em 2001, disposto a não mais trabalhar no futebol.

No entanto em 2009, aceitou convite para participar da montagem do time do Mamoré, que estava retornando as atividades, depois da mudança do Waldomiro Pereira para o Estádio Bernardo Rubinger de Queiroz e faturou de forma invicta no Campeonato Mineiro da Segunda Divisão.

Por: Adamar Gomes

Morre o Rei Pelé aos 82 anos

O 29 de dezembro de 2022 será lembrado como o dia da morte de Pelé, aos 82 anos, o Rei do Futebol, ídolo mundial, que está entre as personalidades mais conhecidas do planeta. Edson Arantes do Nascimento nasceu em Três Corações (MG), no dia 23 de outubro de 1940.

Nos seus primeiros chutes nos campinhos de “pelada”, chamava a atenção pela sua habilidade no trato com a bola, algo que o diferenciava dos demais garotos de sua idade. A chegada ao Santos foi questão de tempo. Uma carreira meteórica. Estreou com 15 anos e, com dez meses de carreira, figurava na lista dos convocados para a Copa do Mundo.

Um jogador completo: domínio da bola, arrancada, velocidade, força física, preparação de jogadas e finalizações de toda sorte, gols de cabeça, chutes com a direita ou esquerda, de bicicleta, enfim, um repertório próprio de craque. Era a genialidade do craque do século, do melhor do mundo de todos os tempos. Os números dizem tudo: 1283 gols em suas 1363 partidas.

O Santos possuía um ataque espetacular e com a chegada do garoto Pelé, ganhou uma força ainda maior, tornando-se fenomenal, pois era difícil segurar Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.

No futebol acontece muita coisa interessante. Tivemos muitas equipes com excelentes jogadores, mas que não conseguiram fazer o que Santos fez. Além do material humano, o esporte da bola exige o entrosamento entre os participantes do time. As peças têm que estar encaixadas e, com o Peixe, isso ocorreu.

Vieram as conquistas de Libertadores e Mundial de Clubes, nos anos 1962 e 1963, numerosas excursões para diversos países, que queriam ver de perto o menino prodígio e o timaço brasileiro, que passou a ser o mais procurado para amistosos internacionais.

Mesmo os torcedores não-santistas, admiravam aquele futebol vitorioso, que levava o nome do Brasil para o mundo inteiro, com Pelé e companhia. Com o Santos, a bilheteria estava garantida em qualquer Estádio, além da Vila Belmiro, tanto é que mandava jogos no maior do mundo na época, o lendário Maracanã.

E o garoto Pelé chegava à Copa do Mundo com apenas 17 anos. Ao vencer a primeira contra a Áustria e tropeçar no segundo jogo, empatando com a Inglaterra, Vicente Feola não teve dúvida em buscar no banco de reservas a solução para mudar a situação. Aí vieram Pelé e Garrincha, que mudaram da água para o vinho, o “escrete” brasileiro, que conquistaria o seu primeiro mundial em 1958, na Suécia.

A genialidade de Pelé mudou o olhar do mundo, quanto a forma de se jogar futebol. Os considerados gigantes da época tiveram que se curvar perante a habilidade dos nossos jogadores, que praticavam algo diferente daquilo que se conhecia do esporte bretão. Eram jogadas maravilhosas, dribles desconcertantes e gols, muitos gols de belíssima feitura, como aquele que o Rei fez contra o País de Gales, “chapelando” o zagueiro e batendo de primeira no canto. Foi o seu primeiro gol em Copa do Mundo.

Brasil pegou o embalo e quatro anos depois, no Chile, levantava novamente a “Jules Rimet”, mesmo com o Rei atuando em uma partida e meia, por conta de lesão.

Oito anos depois, a inesquecível Copa de 1970 no México, o tricampeonato, que valeu a conquista definitiva do “caneco”. A melhor Seleção de todos os tempos. Zagalo conseguiu colocar os melhores jogadores, encaixando todos eles, mesmo tendo que alterar alguns conceitos de posicionamento e lá estava o insuperável Rei do Futebol, Pelé. Definitivamente, a Copa de 70 foi um marco importante, que colocou prá valer o Brasil, no topo.

Pelé deixou o futebol em 1977 e se tornou um divulgador do Brasil, pelos seus contatos publicitários, suas visitas a personalidades do mundo inteiro. Foi recebido por Rainha, Rei, Papa e governantes de países importantes. Espalhou o nome da pátria brasileira em todos os rincões.   

Lembranças do Rei

Acompanhei a Copa do Mundo de 1958 pelo radinho. Ainda não entendia muito de futebol, mas gostava do rádio, das narrações e queria saber como seria a participação do Brasil, que ainda não havia conquistado títulos. Falava-se muito no garoto Pelé e a possibilidade de sua presença na Copa, como de fato ocorreu com um sucesso retumbante.

Quatro anos depois, também pelo rádio, torcia pelo bi, mas temia pelo pior, depois que o Rei se contundiu – uma distensão na coxa esquerda – e foi substituído por Amarildo, que fez um grande mundial.

E veio a grande Copa do Mundo disputada no México, pela primeira vez, em 1970. O verdadeiro show do futebol brasileiro, com Pelé e companhia (e que companhia… Rivelino, Jairzinho, Gerson, Tostão, Clodoaldo). Ninguém segurava mesmo aquele time, o melhor de todos os tempos. Fomos brindados com um grande espetáculo, agora com a possibilidade de assistir pelas imagens da TV. Inesquecível.

Como memorável foi o milésimo gol de Pelé no dia 19 de novembro de 1969, vitória do Santos sobre o Vasco da Gama, em pleno Maracanã, por 2×1. Pelé deu a volta olímpica, foi aplaudido de pé, como o autêntico Rei do Futebol.

Se não tive oportunidade de narrar um gol de Pelé, como muitos outros narradores tiveram, pelo menos vi o Rei jogar, bem de perto. Fiquei impressionado com a sua maneira de, sem a bola, se movimentar em campo, completamente ligado em tudo o que estava acontecendo à sua volta. É diferente! É gênio! É Rei!

Repercussão

A notícia da morte de Edson Arantes do Nascimento, aos 82 anos foi destaque no mundo inteiro e nem poderia ser diferente. O Rei lutava contra uma terrível enfermidade e o quadro se agravou no último mês, quando teve que ser internado. Os votos de pesar chegam de toda a parte e de todos os setores, não somente do mundo da bola.  

Certa vez, em uma entrevista, Pelé disse:
“O Édson, morre, mas Pelé, não”.
Pelé é eterno!

Prod.: Adamar Gomes

Follmann retorna a Patos de Minas para uma palestra em evento do UNIPAM

Jackson Follmann retornou a Patos de Minas, depois de defender a URT na temporada 2016, com a conquista do título do interior de Minas, após campanha memorável no Estadual. O ex-goleiro do Trovão Azul, atualmente palestrante, foi a atração dessa quarta-feira (26), no Congresso Mineiro de Empreendodorismo- COMINE – promovido pelo UNIPAM.

Em suas palestras, Follmann fala de lições de vida, depois de passar por momentos complicados, com o acidente aéreo envolvendo a Chapecoense, clube que defendeu após deixar a URT. Equipe catarinense seguia para Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, para a decisão da Copa Sul-Americana e, com a queda do avião, 71 pessoas morreram e apenas seis sobreviventes, entre eles Jackson Follmann, no dia 28 de novembro de 2016.

O goleiro da campanha 2016 foi homenageado pela URT, com uma camisa do clube celeste, entregue pelo presidente Clayton Lima, que estava acompanhado pelo diretor de futebol Mavros Porfírio. O presidente Ailton Custódio, da Uniformizada Trovão Azul também passou à Follmann uma camisa da Torcida.

Por: Adamar Gomes

Elzo da Seleção da Copa 86 visita Patos de Minas

Elzo foi o entrevistado deste sábado (30), no programa Bola na Rede da Rádio Clube 98, respondendo perguntas de Marcos Machado e Adamar Gomes. Com ele estavam o empresário João Fagundes, do ramo imobiliário da cidade de Pouso Alegre, Vicente Moreira, o conhecido Bibi, da empresa Pedrão Empreendimentos Imobiliários, além do jornalista Ígor Carvalho, do programa Contraponto, que teve oportunidade de entrevistar o Elzo nessa sexta (29).

Elzo Aloísio Coelho é natural de Serrania, criado em Machado, no Sul de Minas. O ponto alto de sua carreira como jogador de futebol foi disputar a Copa do Mundo no México, em 1986. Era um jogador voluntarioso com muito vigor físico, tanto em clubes como na Seleção e que treinava com afinco, procurando sempre melhor o seu rendimento. Tanto é que, junto a outros craques, foi titular em todas as partidas da seleção, comandada por Telê Santana.

Elzo deu seus primeiros chutes na bola como profissional em 1978 no Pinhalense e não demorou muito para chegar ao Clube Atlético Mineiro em 1984, depois de atuar pela Inter de Limeira. Jogou no Galo em 84, 85 e 86, transferindo-se para o Benfica de Portugal, onde atuou por três temporadas, retornando ao futebol brasileiro para defender o Palmeiras em 1989 e 1990.

Foi titular em todas as partidas da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1986. O time comandado pelo mestre Telê Santana contava com Carlos; Josimar, Júlio César, Edinho e Branco; Elzo, Alemão, Sócrates e Júnior; Muller e Careca. Outras opções do treinador: Casagrande, Edson (lateral), Falcão, Mauro Galvão, Oscar, Silas, Valdo, Zico, os goleiros Leão e Paulo Victor, entre outros.

Na primeira fase, da Copa disputada no México, Brasil não levou gol e derrotou a Espanha por 1×0, Argélia pelo mesmo placar e Irlanda do Norte por 3×0. Nas oitavas, a equipe de Telê Santana goleou a Polônia por 4×0, sendo eliminada nos pênaltis, diante da França, nas quartas-de-final por 4×3, depois de 1×1 no tempo normal.

Os casos e resenhas de sua passagem pelo Galo e pela Seleção, principalmente, rechearam a sua entrevista, que teve boa repercussão entre os ouvintes do programa Bola na Rede e se encontra disponível no Facebook, na página da Rádio Clube 98, além do Youtube. São histórias que dariam, de sobra, para um bom livro do mundo da bola.

Desde 2002, Elzo mantém um projeto social, abrigando quase 500 crianças e jovens, no Instituto Elzo Túlio, que levou esse nome, para homenagear o seu filho único, que perdeu a vida em um acidente aos 15 anos de idade. O projeto utiliza o esporte como ferramenta de socialização.

O Instituto Elzo Túlio é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, que tem o objetivo de estimular o esporte e transformar o futuro das crianças, através da prática esportiva.  

Por: Adamar Gomes – Fotos: Guilherme Camargos

Justas homenagens ao craque Zé Borges em seu aniversário

José Borges de Sousa (Zé Borges), um dos mais completos jogadores de futebol de Patos de Minas de todos os tempos, completou seus 79 anos neste dia 14 de outubro. Inúmeras homenagens foram prestadas ao craque, pelos seus “amigos do futebol”, no grupo de Watts App, publicações nas redes sociais e no programa Bola na Rede, da Rádio Clube 98.

Zé Borges foi desses zagueiros clássicos, que parava o adversário na categoria e, na maioria das vezes sem utilizar do expediente da falta. Conhecia como ninguém os atalhos para disputar uma jogada. Foi um dos craques do centenário de Patos de Minas e recebeu essa justa homenagem, em um evento realizado no Caiçaras Country Clube em 1992, nos 100 anos de Patos de Minas.

O zagueiro apareceu para o futebol na URT, na década de 60, depois de uma passagem pelo infantil do saudoso Pepedro no extinto Tupi Esporte Clube. Da equipe celeste foi negociado com o Renascença em 1963, clube que disputou o Campeonato Mineiro entre 1959 a 1966. Jogava no Estádio dos Eucaliptos da Fábrica de Tecidos do Renascença. Lá teve a oportunidade de atuar no mesmo time que tinha outro que se tornaria um astro do futebol, Wilson Piazza.

De Belo-Horizonte, o habilidoso zagueiro foi negociado com o Valeriodoce de Itabira, sagrando-se campeão mineiro da segunda divisão. Deixou seu nome gravado na terra do poeta Drummond. O seu próximo destino foi o Uberlândia em 1971 e, pela mesma forma, mostrou toda a sua ciência futebolística.

José Borges de Souza mais conhecido na família como “Cascudinho”, vestiu a camisa do Villa Nova por um curto espaço de tempo, sagrou-se campeão brasileiro da segunda divisão e entrou para a galeria dos destaques do Leão do Bonfim, sendo incluído na enciclopédia do jornalista Wagner Augusto Álvares de Freitas. Depois disso, ele retornou ao Uberlândia, pendurando as chuteiras na União Recreativa dos Trabalhadores, a URT.

Zé Borges continuou no mundo da bola, como supervisor, no Uberlândia, Valeriodoce, Ipiranga de Manhuaçu e América Mineiro. Aposentou-se em 2001, disposto a não mais trabalhar no futebol.

No entanto em 2009, aceitou convite para participar da montagem do time do Mamoré, que estava retornando as atividades, depois da mudança do Waldomiro Pereira para o Estádio Bernardo Rubinger de Queiroz e faturou de forma invicta no Campeonato Mineiro da Segunda Divisão.

Zé Borges reside em Patos de Minas, e fala com muito carinho de sua esposa Cidinha e dos filhos Simone e Adriano. É uma pessoa queridíssima, muito família e amigo de todos. Possui em sua casa, inúmeras fotos, para matar a saudade das camisas que vestiu e de antigos companheiros e amigos. 

Nos seus guardados há muitos trofeus e medalhas, além de placas e cartões de homenagens e inúmeros recordes de jornais, que registraram a sua passagem pelo futebol.

Com muito carinho, José Borges de Sousa guarda sua maior relíquia: a bola do jogo entre Seleção Mineira e Santos Futebol Clube. Atuando pela Seleção, ele marcou Pelé sem cometer uma falta sequer. No fim do jogo, o Rei do Futebol pegou a bola e a deu de presente a Zé Borges. Isso é para poucos! Uma história de vida com muitos amigos e admiradores. Parabéns, Zé Borges!

Por: Adamar Gomes 

Roupeiro da Seleção Brasileira é de Patos de Minas e trabalhou na URT e Mamoré

O patense André Marcelino apresenta-se nessa sexta (1º) à Seleção Brasileira de Futebol, que terá três compromissos no mês de outubro, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. O roupeiro nascido em Patos de Minas, com passagens pela URT e Mamoré e, atualmente, no Ceará Sporting Clube, que disputa a Série A do Brasileirão, recebeu a convocação através do Coordenador de Futebol da CBF, Juninho Paulista.

As funções do roupeiro, às vezes sem chamar a atenção do torcedor em geral, mas tem muita importância no funcionamento de um clube. Ele é sempre o que chega primeiro e sai por último do trabalho em suas atividades diárias. O mordomo, como também é conhecido, deixa tudo preparado, quanto às peças do uniforme, chuteiras e todos os detalhes relativos à rouparia e o que deverá ser utilizado em jogos, treinamentos, concentrações e viagens.

Weberson André Marcelino, de 39 anos, natural de Patos de Minas, é um desses profissionais, que atua nessa área há mais de 20 anos. Ser roupeiro é, sobretudo, dedicar-se com amor à função, com organização, pontualidade e agilidade, para obter a confiança de diretorias, treinadores, comissão técnica e jogadores. E André tem procurado seguir essa trajetória com seriedade, trabalhando com eficiência.

André falou sobre a convocação:

– Na minha área de roupeiro, a CBF tem seu quadro fixo e a cada convocação chama um ou dois para a função. Normalmente são feitas indicações. Eventualmente, na consulta da CBF, alguns diretores citaram meu nome por conhecerem o meu trabalho. Um deles foi Cícero Souza, gerente de futebol do Palmeiras e, Jorge Macedo e Sérgio Dimas, que são do Ceará.

André Marcelino terá oportunidade de participar de três jogos da Seleção Brasileira, agendados para o mês de outubro. Serão duas partidas fora de casa, na Venezuela e na Colômbia nos dias 7 e 10 de outubro. O outro compromisso será contra o Uruguai, no dia 14, na Arena da Amazônia, em Manaus.

Talvez, no início de sua carreira, no final dos anos 90 na URT, André não imaginasse que poderia ser convocado para trabalhar numa Seleção Brasileira.

– Quem me deu a primeira oportunidade foi o técnico Ivan Silva, na URT. Eu era menor aprendiz e prestava serviço de office boy numa loja de calçados no Shopping. Certa vez fui ao Estádio acompanhar um treino, pois gostava e gosto muito de futebol e pedi ajuda ao Ivan em busca de uma oportunidade. Um certo dia, ele me pediu para ajudar o roupeiro Élcio. Como meu nome era complicado de se falar – Weberson – Ivan me colocou o apelido de Scooby. E pegou. Todos na URT e Mamoré me chamavam de Scooby. Quando saí de Patos, adotei apenas o André. Tenho muita gratidão e sempre falo bem da URT, que abriu portas para poder trabalhar na minha área.

Depois de trabalhar na URT e no Mamoré, André iniciou seu giro por várias outras equipes: CAP, Grêmio Inhumense, Atlético Goianiense, Guaratinguetá, São José (SP), Criciúma e Ceará, seu clube atual.

– Em todos os clubes que passei, procurei crescer cada vez mais, na parte profissional e pessoal. Estou há seis anos no Ceará, um grande clube de uma torcida imensa. Possui uma estrutura física e financeira invejáveis. Um clube que não falha com seus compromissos financeiros, com fornecedores e empregados. Estou feliz no Ceará, que abriu as portas para esta convocação para a Seleção.

André se apresenta na sexta-feira (1º) na Granja Comary em Petrópolis, seguindo sábado para a Venezuela. Jogadores se apresentam no dia 4 e, até lá, roupeiros e mordomos organizarão todo o material de treinos e jogos, concentração e viagens de todos os convocados.

Nas suas considerações finais, André Marcelino deixou uma mensagem para todos os patenses:

– Farei todo o possível para representar Patos de Minas, URT e Mamoré. Tenho fé que será o início de uma longa jornada que terei na Seleção Brasileira, se Deus quiser. Obrigado a todos pela torcida. Vai dar tudo certo.

Por: Adamar Gomes