URT fez um bom trabalho no Estádio Zenor Pedroso Rocha, mas não conseguiu sair com vitória em sua penúltima partida pelo grupo 6 do Campeonato Brasileiro da Série D, na cidade capixaba de Nova Venécia. Sem chance de classificação desde a rodada passada, o Trovão Azul saiu na frente, mas levou o empate do Nova Venécia, no último segundo da partida.

Jéferson marcou um bonito gol aos 34 minutos do primeiro tempo, num contragolpe fatal da celeste patense, num momento em que a equipe local tomava mais a iniciativa do jogo. Foi o quarto gol dele na competição, igualando-se a Anderson Magrão, que na manhã/tarde de hoje foi o capitão da equipe.

O empate dos venecianos foi exatamente aos 45 minutos do segundo tempo, depois de uma cobrança de falta e uma cabeçada certeira do zagueiro Max. Foi um empate com saber de derrota, pois a URT estava com o jogo sob-controle, naquele momento.

Falta apenas uma partida para o encerramento da participação da Poeira em mais uma Série D e será em casa, no próximo sábado, diante da Associação Ferroviária de Esportes, de Araraquara, que no primeiro turno, foi a vencedora no Estádio Fonte Luminosa, no intragável 8×0. 

O árbitro de Roraima, André Rodrigo Rocha, pressionou muito os jogadores da URT e não economizou cartão amarelo com ameaça do vermelho. A bronca foi do gerente executivo, Thiago Pires, numa entrevista ao final da partida, ao microfone da Rádio Clube 98, Equipe Bola na Rede. 

Os seus assistentes foram Douglas Pagung e Pedro Amorim de Freitas, da Federação Capixaba.

Nova Venécia

Harrison (Paulo Henrique); Jairo, Max, Tavares e Ian (Diego Rosa);
Matheus Lira, Émerson Martins (Lineker), Mattos (Maicon) e Dodô;
Arthur (Andrey) e Patrick.
Treinador: Cássio Barros.

URT

Moisés; Matheus Marques, Vinícius Sangiorgi (Brenner), Murylo e Yan;
Bressan, Augusto Recife (Banguelê) e Gustavo Xavier (Mael);
Jéferson (Agnaldo), Anderson Magrão e Júlio Carioca (Dudu).
Treinador: Ricardo Chuva.

O volante Gustavo Xavier e o atacante Jéferson deixaram o gramado, lesionados.

Escrita

Com o empate diante do Leão do Norte, a URT manteve uma escrita de nunca ter perdido para um time capixaba na Série D do Campeonato Brasileiro, atuando no Estado do Espírito Santo. 

Em 2016, o Trovão Azul se encontrou com a Desportiva Ferroviária e venceu no Estádio Zama Maciel por 2×1, ganhando também no Estádio Engenheiro Araripe em Cariacica por 1×0.

O Espírito Santo foi o adversário na competição de 2018. No Estádio Kleber Andrade, em Cariacica, a Poeira empatou em 1×1. No jogo de volta no Zama Maciel, vitória do Trovão por 4×2 em cima do Santão.

Em 2019, o adversário capixaba foi o Serra. O primeiro jogo foi disputado em Patos de Minas e o segundo na cidade de Serra, na grande Vitória. Em ambos os confrontos foi registrado o placar de 0x0.

Por último, o Nova Venécia, que foi o vencedor no Estádio Zama Maciel por 3×0, no primeiro turno, mas empatando na partida de hoje em 1×1 no Estádio Zenor Pedrosa Rocha. 

Assim, jogando em terras capixabas, o Trovão Azul se manteve invicto.

Placar da rodada

Caldense 0x1 Real Noroeste
Ferroviária 0x2 Bahia de Feira
Nova Venécia 1×1 URT
Pouso Alegre 2×1 Inter de Limeira – domingo, 17 horas

Classificação

Faltando uma rodada para terminar a primeira fase, estão definidos os quatro classificados: Pouso Alegre (25), Bahia de Feira (23), Real Noroeste (22) e Nova Venécia (21), que irão a campo para definir as posições, visando o emparceiramento para a fase do mata-mata.

Inter de Limeira (17) e Ferroviária (16) se juntaram à URT (13) e Caldense (2), como equipes sem chances de avançar. Os dois paulistas e os dois mineiros cumprirão tabela no sábado.

A URT, praticamente, não sairá da sétima posição, a não ser que goleie a Ferroviária por 9×0.

Última rodada

Todos os jogos no sábado (16) às 16h:

URT x Ferroviária
Bahia de Feira x Nova Venécia
Inter de Limeira x Caldense
Real Noroeste x Pouso Alegre

Por: Adamar Gomes – Fotos: Toninho Cury

Confira os resultados da segunda rodada do Campeonato Mineiro do Módulo II.

Guarani chegou à sua segunda vitória seguida, batendo o União Luziense no Fariaõ por 1×0, gol de Gelsinho. Na primeira rodada, a equipe de Divinópolis havia derrotado o Serranense. Esta partida aconteceu neste domingo (11).

Cinco jogos marcaram o início da segunda rodada, no sábado:

Em Ubá, Aymorés e Betim empataram em 1×1. Jéfferson anotou para o Aymorés e Ronaldo fez para o Betim.

Em Muriaé, vitória do Nacional diante do Tupi por 2×1. Joãozinho marcou os gols do time da Zona da Mata. Renan Amorim anotou o único do Galo Carijó.

Na Arena do Jacaré, o Democrata de Sete Lagoas fez 1×0 no Serranense, por de Clayton.

Ipatinga perdeu no Vale do Aço para o Tupynambás por 1×0, gol de Danilo. Foi a segunda derrota do Ipatinga.

Em Nova Lima, no Castor Cifuentes, vitória do Villa Nova diante do Democrata de Governador Valadares por 1×0, gol de Bruno Rocha.

Classificação

Guarani e Villa Nova ocupam as duas primeiras colocações com 6 pontos, 100% de aproveitamento. Depois aparecem Betim, Nacional e Tupynambás com 4. Com 3 pontos, estão Tupi, Democrata GV e Democrata de Sete Lagoas. Aymorés conseguiu 1 ponto Os três últimos não pontuaram: Ipatinga, Serranense e União Luziense.

Próximos jogos

A terceira rodada terá jogos dias 17 e 18 de julho.

Sábado (17)
15h – Betim x Tupynambás
15h – Democrata GV x União Luziense
15h – Aymorés x Ipatinga
15h30 – Nacional x Guarani
16h – Villa Nova x Democrata de Sete Lagoas

Domingo (18)
11h – Tupi x Serranense

Por: Adamar Gomes

O jogo da terceira rodada do Campeonato Mineiro entre URT e Cruzeiro acontece hoje na Arena do Jacaré em Sete Lagoas, 21h. É isso mesmo! Conferi agora, de novo, no site da FMF e está lá com todas as letras: URT x Cruzeiro, Estádio Joaquim Henrique Nogueira, a conhecida Arena do Jacaré, em que pese o mando de campo pertencer ao Trovão Azul. Parece mentira, mas é a pura verdade. Arrancaram o mando de campo da URT sem dó. 

Desde ontem, quando saiu a decisão lá em Belo-Horizonte, o torcedor Poeira Azul vem manifestando todo o seu repúdio e indignação, como pode ser constatado na página do AG Esporte, em comentários postados no Facebook. 

O desfecho de tudo isso foi nessa sexta-feira (5), mas o Cruzeiro já vem mexendo com os “pauzinhos” antes mesmo do início do Campeonato Mineiro. Em um documento datado de 25 de fevereiro, assinado pelo presidente Sérgio Augusto Santos Rodrigues, endereçado à FMF, as prefeituras de Patos de Minas e Uberlândia e mais URT e Uberlândia Esporte Clube, a Raposa já vinha sugerindo a mudança dos locais das partidas, mesmo antes de decretado o novo estágio da região de Patos e Uberlândia, classificadas como integrantes da onda ROXA, a partir do último dia o dia 4 de março. 

O próprio Cruzeiro, talvez depois de feito um exame de consciência, recuou do seu posicionamento, tanto é que, sem reclamar, cumpriu o que estava determinado pela tabela do Campeonato e jogou no Parque do Sabiá contra o Uberlândia, na data e horário marcados pela Federação Mineira de Futebol, “sem choro nem vela”.

O resultado da primeira partida foi desastroso, pois o empate em 1×1 só foi conseguido no último minuto do jogo, correndo risco de ser derrotado. Veio a segunda rodada e, mesmo no Gigante da Pampulha, outro baque, ao perder para a Caldense por 1×0. 

Aí veio a decretação da onda ROXA, do Programa Minas Consciente, do governo do Estado pois, de fato, os casos de contaminação pela covid-19 e de casos letais aumentaram substancialmente, levando o colapso à area de saúde, com ocupação quase total dos leitos hospitalares. 

O clube da capital, em seu legítimo direito, e encontrando respaldo nos tristes números da pandemia, ingressou com um pedido de liminar junto ao TJD para tirar o jogo do Estádio Zama Maciel. De fato, esse é um direito líquido e certo não só do Cruzeiro, mas como de qualquer outra associação filiada à Federação Mineira de Futebol.

Diante disso, entrou em ação a FMF para decidir de que forma seria dada uma solução ao imbróglio. O primeiro passo foi notificar à diretoria da URT para que indicasse um outro local para a realização do jogo e, que segundo a presidente Maria Isabel Pimenta Rocha, não houve como atender, uma vez que o prazo dado pela entidade foi de apenas uma hora.

Por isso, aconteceu a decisão da Federação em marcar o jogo para Sete Lagoas, na Arena do Jacaré, mantendo data e horário. Pura e simplesmente isso. Apontar o novo local, sem que houvesse nenhum ressarcimento das despesas já feitas ou que ainda serão feitas pela URT, em seu deslocamento de praticamente 400 quilômetros. 

Ora, sem a presença de torcedor no Estádio, todo jogo é deficitário. Em seu primeiro jogo em casa, contra o Uberlândia, o prejuizo foi superior a R$ 21 mil reais. Para cumprir a partida em Sete Lagoas, além das despesas de arbitragem e de quadro móvel, ainda há os gastos com hospedagem, alimentação, transporte e outros, provocando um volume maior do prejuízo. 

Sem contar que a URT está perdendo o seu mando de campo contra o Cruzeiro, passando a atuar cinco ao invés de seis partidas em Patos de Minas. E também ainda o lado técnico, que beneficia naturalmente ao time grande, que é o Cruzeiro, mas sem ter que sair de sua zona de conforto, para um deslocamento até Patos de Minas e gramado e iluminação que podem ter alguma influência. 

Os números são claros que o histórico de jogos entre as duas equipes é amplamente favorável ao Cruzeiro. Isso é fato. Tanto é que a URT jamais derrotou o Cruzeiro em competições oficiais. 

Mas é evidente que, para qualquer equipe, ainda mais da capital, é melhor jogar em um Estádio com melhores condições e ter que se deslocar poucos quilômetros, a ter que arcar com despesas maiores, até de hospedagem (o que não acontecerá em Sete Lagoas) para atuar no Alto-Paranaíba. 

Vencer, perder e empatar são realidades do futebol. Deixa para quando a bola rolar. Mas, o que causa estranheza é um clube ter o seu mando de campo cassado, ter que se deslocar e arcar com todas as despesas, como se a URT fosse a culpada pela pandemia ou pela onda ROXA. 

A meu juizo, faltou sensibilidade por parte dos dirigentes do nosso futebol. É um acinte tomar o mando de campo de um clube, forçá-lo a sair de sua cidade para cumprir um compromisso fora e arcando com todas as despesas. Fica parecendo que a URT é a culpada pela onda ROXA ou pela pandemia. Está sendo punida sem ter cometido crime algum. 

Acho que temos que separar as coisas. Tirar mando de campo por conta de alguma irregularidade, desrespeito às leis que regem o esporte, tudo bem. Que vá jogar na Conchichina ou onde quer que seja e arque com os prejuizos. Mas, numa situação de pandemia, no mínimo que poderia acontecer, seria um adiamento, para preservar o mando de campo e remarcar o jogo prá daqui a quinze ou mais dias.

A quem se quer beneficiar? Não é por aí. Deveria ser “como resolver a situação sem punir a quem não tem culpa”?

É uma página ROXA do nosso futebol.

Por: Adamar Gomes