A polícia de Antioquia, departamento onde caiu o voo que levava a Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana, deu por encerradas as buscas na região onde se encontram os destroços da aeronave e disse ter retirado os corpos de 71 pessoas. Apenas seis sobreviveram ao acidente.
Esse número foi corrigido três vezes, depois que foram localizados com vida o zagueiro Neto, da Chapecoense, e Erwin Tumiri, técnico da aeronave. O goleiro Danilo, porém, não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
Agora, o número é novamente corrigido, passando a levar em consideração que quatro pessoas que estavam entre as 81 que deveriam ter embarcado na verdade não entraram na aeronave na viagem para Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e continuaram no Brasil.
Assim, faleceram 19 dos 22 jogadores que a Chapecoense levava para a primeira partida da decisão, entre eles Gil, que jogou na URT em 2004.
Seguem internados em hospitais da região de Medellín o zagueiro Neto, em estado crítico, o goleiro Follmann, que teve uma perna amputada, e o lateral-direito Alan Ruschel.
Da mesma forma, embarcaram 21 profissionais de imprensa, dos quais apenas um sobreviveu: o jornalista Rafael Henzel, da Rádio Oeste Capital.
Dos 71 mortos, apenas sete não eram brasileiros, mas bolivianos, uma vez que a companhia aérea, LAMIA, originalmente originária da Venezuela, é registrada na Bolívia, de onde partiu a aeronave que caiu. Além de Tumiri, também sobreviveu a auxiliar de voo Ximena Suárez.
Incluídos na lista de passageiros divulgada inicialmente pelas autoridades colombianas, o presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Plínio David De Nes Filho, o deputado estadual Gelson Merisio (PSD-SC), presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, o jornalista Ivan Carlos Aguinoletto e o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, não estavam no avião.
Por meio de redes sociais, a prefeitura da cidade colombiana de Medellín e o Atlético Nacional convocam a população local para se vestir de branco e ir ao Estádio Atanasio Girardot nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), em homenagem aos mais de 70 mortos na queda do avião da Chapecoense.
Sobrevivente da tragédia aérea que resultou na morte de 71 mortos, sendo 19 jogadores da Chapecoense, na madrugada desta terça-feira, na Colômbia, Erwin Tumiri concedeu entrevista para explicar o que realmente ocorreu em meio à queda do avião que levava a delegação da equipe catarinense para Medellín, local da partida contra o Atlético Nacional, a primeira da final da Copa Sul-Americana.
Tumiri disse que ele e a companheira de trabalho seguiram à risca os protocolos de segurança de acidentes aéreos, ao contrário do restante dos passageiros.
Nota do Atlético Nacional
O Atlético Nacional, em seu site oficial, emitiu nota pedindo à Conmebol que entregue o troféu de campeã à Chapecoense.
Propostas dos clubes
Clubes brasileiros fazem sugestões à CBF. Entre elas, destacam-se o empréstimo de jogadores ao clube de Santa Catarina e o requerimento à CBF de que a Chapecoense não seja rebaixada no Campeonato Brasileiro pelos próximos três anos. Até clubes estrangeiros se ofereceram a cederem jogadores à Chapecoense.
Chape x Galo
Atlético tem jogo marcado na tabela contra a Chapecoense, em Chapecó. Mas, por causa da tragédia, o presidente Daniel Nepomuceno diz que é incabível a realização da partida e conta com a compreensão da CBF e também das outras equipes da Série A para que o evento seja cancelado, já que não afeta a caminhada das partes no atual Brasileirão.
AGesporte