Atlético arrebatou o título de campeão da Copa Libertadores da América, no jogo que começou na quarta (dia 24) e avançou a quinta-feira, pela disputa na marca do pênalti, depois da vitória do Galo no tempo normal por 2×0 e 0x0, na prorrogação.
Conquista épica. Disputa inesquecível. Jogo memorável. Uma história com final feliz, apesar de muitos sofrimentos. Vitória do melhor time.
Final sensacional!
Olímpia havia vencido a primeira, no “Defensores Del Chaco” por 2×0. Atlético reverteu o placar, gols de Jô, aos 55 segundos e Leonardo Silva, aos 42min, ambos no segundo tempo. Depois veio o 0x0 na prorrogação, com pressão atleticana. E, nos pênaltis, mais uma vitória de “São” Vitór e placar de 4×3. Ronaldinho Gaúcho nem precisou da última cobrança.
Trajetória
A saga atleticana na Libertadores. Na primeira fase, o Galo atropelou todos os seus adversários e conseguiu a melhor campanha dentre todos os participantes. Nas oitavas, Galo despachou o São Paulo. Nas quartas-de-final, o eliminado foi o Tijuana do México, que deu muito trabalho, principalmente ao goleiro Vítor, que defendeu pênalti no finalzinho do jogo no “Horto”, cobrado por Riascos.
Vieram os jogos com o Neweel’s Old Boys, da Argentina. Em Rosário, vitória do Neweel’s por 2×0. Galo reverteu o placar no “Independência” e ganhou a parada, na marca do pênalti, brilhando novamente a estrela de Vítor.
E a final com o Olímpia, outra vez com muito sofrimento. Derrota em Assunção por 2×0. Vitória com o mesmo placar no “Mineirão” e decisão na prorrogação.
O jogo
Galo não contou com os laterais Marcos Rocha, suspenso pelo terceiro amarelo e Richarlyson, expulso na partida no “Defensores Del Chaco”. Cuca escalou Michell e Júnior César, nas posições. Bernard, que não participou no jogo de ida, por suspensão, estava em campo.
No primeiro tempo, pouquíssimas oportunidades. A melhor delas foi criada pelo Olímpia, numa finalização cara a cara de Bareiro para uma defesa de Vítor. Atlético teve mais posse de bola, mas criou muito pouco no meio e os atacantes aceitavam a marcação paraguaia. Primeira etapa terminou com apreensão pela torcida atleticana, que se tornava o 12º jogador.
No intervalo, duas alterações. No Galo, entrou Rosinei em lugar do volante Pierre e, no Olímpia, o grandalhão Ferreyra no posto do atacante Bareiro.
Galo 1×0 – Aos 55 segundos da etapa final, Jô marcou o primeiro gol da partida, o 7º na competição (artilheiro da Libertadores), finalizando de perna direita, dentro da área. O atacante estava há oito jogos sem marcar. Empurrado pela galera, Galo foi prá cima para conquistar o segundo gol e criou mais duas boas chances, inclusive com a bola no travessão de Leonardo Silva.
Olímpia saia pro jogo, para não aceitar a pressão atleticana. No placar agregado, os paraguaios ainda mantinham a vantagem (2-1).
Cuca postou o time mais à frente, com a entrada do atacante Alecsandro e Rosinei passou a jogar na lateral, com a saída de Michell.
A última alteração do Atlético foi a entrada de Guilherme, aos 35min em lugar de Diego Tardelli, sentindo o tornozelo. Daí prá frente foi o Galo no ataque e o Olímpia na defesa.
Antes de perder o zagueiro Manzur, por expulsão, numa falta feita em Alecsandro, aos 40min, o time paraguaio perdeu uma grande oportunidade, com o escorregão de Ferreyra, com Vítor já batido.
Galo 2×0 – Merecidamente o Atlético marcou o segundo gol, aos 42 min. Cruzamento de Bernard, da direita, para a área, para cabeçada certeira do zagueiro Leonardo Silva, com os gritos de “Eu acredito”, da torcida.
Aos 44min, Jô é agarrado dentro da área e o árbitro colombiano Roldan não marcou. Daí prá frente foi a blitz do Galo prá definir o título nos 90 minutos. Com três minutos de acréscimos, a partida teve o seu encerramento no tempo normal. Galo terminou melhor fisicamente e com um homem a mais, pela expulsão de Manzur.
Prorrogação
Um verdadeiro bombardeio do Galo, com direito à cabeçada de Réver, acertando a trave e uma finalização de Guilherme, para defesa de Martin Silva prá escanteio. Jogadores do Olímpia caiam em campo, retardando o jogo. A tensão tomou conta do “Mineirão”.
O segundo tempo da prorrogação teve início aos 5 minutos da quinta-feira. No gramado, a cantiga foi a mesma: Galo buscando o gol, insistentemente. Olímpia abdicou do ataque. Bernard, com fortes câimbras, sem condições de jogo, ainda permaneceu em campo para não deixar o time com dez. Nesse momento, o Atlético tinha 14 finalizações contra apenas 4 do Olímpia. Alecsandro ainda teve uma oportunidade de ouro em cima da hora, aparecendo Miranda para a defesa. A cabeçada prá fora de Leonardo Silva foi o último lance. Fim de papo na prorrogação.
Na marca do pênalti
Olímpia – Miranda – bateu no canto e Vítor defendeu com o pé esquerdo
Atlético – Alecsandro – chutou no ângulo, canto direito do goleiro – 1×0
Olímpia – Ferreyra – acertou o canto direito e Vítor foi na bola – 1×1
Atlético – Guilherme – no cantinho esquerdo – 2×1
Olímpia – Candia – no meio do gol. Vítor no canto direito – 2×2
Atlético – Jô – bateu com tranqüilidade no canto esquerdo. Goleiro no direito – 3×2
Olímpia – Aranda – bateu no meio do gol, pelo alto – 3×3
Atlético – Leonardo Silva – cobrou no cantinho esquerdo, tranqüilo – 4×3
Olímpia – Gimenez – bateu na trave – 4×3
Ronaldinho Gaúcho nem precisou bater: 4×3 – GALO CAMPEÃO!!!
Atlético: Vítor, Michel (Alecsandro), Leonardo Silva, Réver e Richarlyson; Pierre (Rosinei) e Josué; Diego Tardelli, Ronaldinho Gaúcho e Bernard (CA); Jô. Treinador: Cuca
Olímpia: Martin Silva (CA), Mansur (CA)(Expulso aos 40 do 2º tempo), Miranda e Cândia; Alejandro Silva (Gimenez)(CA), Pitoni, Aranda, Mazagotti e Benitez (CA (Baez)); Bareiro (Ferreyra)(CA) e Salgueiro. Treinador: Éver Almeida.
Árbitro: Wilmar Roldan (Colômbia).
Renda: R$ 14.176.146,00 (a maior no futebol brasileiro). Público: 55.657 pagantes; 58.620 presentes.
O goleiro Víctor recebeu o prêmio de melhor em campo. Réver levantou o troféu da Libertadores, iniciando-se a volta olímpica.
Por: www.agesporte.com.br